Domingo de Ramos (Ano C)
Lc 23, 1-49
P. Abel Ferreira | Paróquia de Monte Abraão
Estás disposto a deixar-te amar por Jesus? Abraça a Sua cruz e ama como Ele!
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Naquele tempo, Jesus seguia à frente dos seus discípulos, subindo para Jerusalém. Quando Se aproximou de Betfagé e de Betânia, perto do monte das Oliveiras, enviou dois discípulos e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente e, ao entrardes nela, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém montou. Soltai-o e trazei-o. Se alguém perguntar porque o soltais, respondereis: ‘O Senhor precisa dele’». Os enviados partiram e encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito. Quando estavam a soltar o jumentinho, os donos perguntaram: «Porque soltais o jumentinho?». Eles responderam: «O Senhor precisa dele».
Então levaram-no a Jesus e, lançando as capas sobre o jumentinho, fizeram montar Jesus. Enquanto Jesus caminhava, o povo estendia as suas capas no caminho. Estando já próximo da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos começou a louvar alegremente a Deus em alta voz por todos os milagres que tinham visto, dizendo: «Bendito o Rei que vem em nome do Senhor. Paz no Céu e glória nas alturas!». Alguns fariseus disseram a Jesus, do meio da multidão: «Mestre, repreende os teus discípulos». Mas Jesus respondeu: «Eu vos digo: se eles se calarem, clamarão as pedras».
Palavra da Salvação.
(Lc 23, 1-49)
Esta é a primeira celebração da Semana Santa: Domingo de Ramos da Paixão do Senhor. É assim que a Igreja começa esta semana maior, a semana mais importante da nossa Fé. Como é que começa? Com a entrada de Jesus em Jerusalém. E repara que, neste dia, vemos como a população ao princípio está completamente entusiasmada, Jesus entra triunfalmente em Jerusalém, toda a gente a aclamá-lo, toda a gente, digamos assim, a bater palmas, a aplaudi-lo, a dizer que Ele é o maior, o maior profeta, que, de facto, é um homem extraordinário.
Mas nós sabemos que daqui a pouco tudo vai mudar. E, repara que, como o teu coração, como o meu coração, é tantas vezes volátil, cheio destes sentimentos contraditórios que, às vezes, nem nós próprios compreendemos. Mas o coração de Jesus, a forma de Jesus viver, ao contrário, é completamente diferente, mantém-se firme, mantém-se fiel. Fiel a quê? À missão que o Pai lhe deu. E que missão foi essa? Uma missão difícil, uma missão cheia de amor, mas uma missão que tinha de ser levada até ao fim. Essa missão tem um nome: a Cruz.
Porque é que Jesus foi pregado na cruz? Porque é que ele teve que subir? Em primeiro lugar por amor. Repara que se Deus não o tivesse feito, podia restar esta dúvida: será que Deus não fez ainda tudo por ti e por mim? É verdade que este acontecimento foi há dois mil anos, mas ainda hoje ele continua válido. E depois, em segundo lugar, Jesus fez isto para que não restasse a mais pequena dúvida do amor profundo que Ele tem por cada um de nós, não pela Humanidade em geral mas por ti, em concreto, hoje que estás aqui a ver este vídeo. E por que é que isto acontece? Repara, se calhar a tua mãe, alguma vez que tu estavas doente, quis ela própria ficar com a tua doença para que tu não sofresses. Foi isto que Deus fez com a sua morte e com a sua ressurreição.
Estás disposto a deixar-te amar assim, a sentir e a experimentar que Deus está assim do teu lado, desta forma e não apenas como uma ideia?
Boa Semana Santa!
P. Abel Ferreira